O Trenzinho do Caipira - Heitor Villa-Lobos

Uma vez estava assistindo aos ensaios de uma orquestra de um tradicional colégio e o maestro tinha muita experiência, já havia se apresentado em muitos países, e disse aos presentes: - Em qualquer lugar do mundo, conhecem a música de Heitor Villa-Lobos. Enquanto que no próprio Brasil pouquíssimas pessoas sabem dele. Eu já havia ouvido falar, mas desconhecia qualquer obra de Villa-Lobos (1887-1959). O maestro então pegou algumas partituras e as distribuiu para os poucos membros que compunham a orquestra. Eles começaram a ler as notas. - Esse é o Trenzinho do Caipira, vamos ensaiar. Quem não conhece, vai conhecer! - disse o maestro. Cada um foi lendo as notas de suas folhas e preparando a postura para começar a tocar seu instrumento. Ele se posicionou diante da orquestra, levantou sua batuta e ordenou: - Comecem!

Naquele instante tive o privilégio de conhecer uma grande obra brasileira de grande expressividade mundial. A música simplesmente revive uma locomotiva, fazendo alusão às antigas estradas de ferros do interior do Brasil. Ela integra a Bachianas Brasileiras, uma série de nove composições escritas pelo grande compositor brasileiro escritas entre 1930 e 1945.  Fiquei apaixonado pela obra de Heitor Villa-Lobos e pude conhecer um pouco mais da música clássica brasileira.

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2 comentários:

  1. Amei o post! Sem palavras para descrever as obras desse cara... Fico muito feliz em ver alguém compartilhar uma coisa assim tão grandiosa, tão única. bjs
    http://apenasumdiariovirtual.blogspot.com.br

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  2. O refrão dessa música que postou é sempre usada, mas o brasileiro não presta atenção. Como diz Li Biao (multipercussionista): "Música é como vitamina, você toma a que precisa". O brasileiro não ouve porque não sente necessidade? não sente necessidade porque o seu ouvido não está educado para esse tipo de música.
    Em "Choros nº 10", Villa Lobos conseguiu o que Lévi-Strauss tentou buscar para entender as estruturas das músicas realizadas pelos índios brasileiros. Ele foi incompreendido em sua época, tanto pelos brasileiros (ignorância com relação à música) e pelos estrangeiros, por acharem que ele compunha as músicas intuitivamente.
    Uma pena que o brasileiro não seja dado a ouvir música erudita!
    Beijus,

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