O mundo acompanhou em clima de suspense, fé e esperança a nomeação do novo Papa da Igreja Católica no dia 13 de março de 2013, onde o argentino de descendência italiana Jorge Mario Bergoglio, foi escolhido para tirar a Igreja do momento mais delicado de toda a sua história. Sob uma análise superficial das imagens, fotos e discursos do Papa Francisco I, é possível chegar a algumas conclusões sobre sua personalidade e gestos diante do contexto atual:
Francisco I apresenta uma enorme diferença se comparado ao Papa Bento XVI, seu antecessor. Como é nítido na foto abaixo, o Francisco tem uma expressão facial viva, a armação dos seus óculos causa a impressão de fragilidade, comum em pessoas com 76 anos de idade. As expressões associados com os óculos nos remete à imagem de vovô, resultando em uma aceitação muito maior quando comparado ao Bento, que tinha um sorriso fechado, gestos intrísecos e calculados.
Após o falecimento de João Paulo II, reconhecido pelo seu carisma, irreverência e simpatia, a igreja buscou um líder que demonstrasse virilidade, força e vitalidade, o que já não era visto há alguns anos devido a fragilidade e o avanço da gravidade na saúde de João Paulo. Desta forma, não era preciso ter muito carisma e muito menos aceitação, a maioria das questões a serem resolvidas eram internas, foi escolhido o Bento XVI. Porém este não conseguiu reestruturar as bases básicas da Igreja Católica. O nível de rejeição diante de casos de pedofilia, os entraves entre o que é conservador e clássico, como o uso de preservativos, anticoncepcionais, casamento entre homossexuais e aborto fez com que milhões de seus fieis deixassem de frequentar as missas - sem falar no sólido e constante crescimento de seguidores de demais religiões ao redor do mundo.
Curioso observar que Bento XVI não estava tendo mais a aceitação de seus principais cardeais. Este vídeo apresenta uma ocasião no qual eles rejeitam o próprio Papa:
Agora a Igreja precisa se restabelecer, revigorar e atrair seguidores. Volta-se a referenciar um líder com sorriso ativo, olhar vivo, voz marcante e doce com gestos calorosos para nova aproximação de diferentes povos. Não foi por mero acaso que elegeram um argentino, quebrando tradição do Papa europeu. Francisco I começa e deverá quebrar várias outras tradições para colocar ordem nos assuntos e decisões delicadas de sua Igreja, sendo necessário atentar para sua idade já avançada, 76 anos. Eleger alguém que possa comandar por muito tempo, como o cardeal brasileiro Dom Odilio Pedro Sherer, de 63 anos, é um risco, afinal precisam de um líder que deva ser "revolucionário" em um curto prazo de tempo, curto o bastante para não colocar em risco as tradições que mantém a integridade da organização religiosa.
(Francisco I se declara torcedor do time argentino San Lorenzo)
oiii, amei seu post.
ResponderExcluirGosto muito do seu blog, dei uma olhadinha em outros textos e vc esta de parabéns.
Muiiito sucesso :)
PS.Obrigada por visitar meu blog, volte sempre!!!
Bjus Girl
apenasumdiariovirtual.blogspot.com.br
Gostei de seu texto!
ResponderExcluirDeixo aqui minha reflexão sobre o Papa Francisco:
"Habemus Papam Francisco ! E Agora o que Esperar ?"
Com a morte em 2012 do Cardeal Italiano Carlo Maria Martini, os progressistas ficaram sem um representante forte e acabaram perdendo espaço neste conclave de 2013. Terminaram representados pelos chamados moderados que geralmente não abrem mão da rigidez moral. A escolha do argentino Bergoglio, agora Papa Francisco, representa a urgência na defesa do maior reduto católico do mundo e a possibilidade de a Igreja descer de seu altar e se aproximar ao pobres. Contudo no que tange às reformas profundas, como o papel da mulher na Igreja ou revisões das posições da Igreja sobre questões morais, o histórico de Bergoglio nos oferece pouca esperança.
Texto completo no blog: http://amahet.blogspot.com.br/2013/03/habemvs-papam-ii.html